Três argentinos e um destino?
14 de outubro de 2019 por Lucho SilveiraUma enxurrada de consultas atingiu em cheio minhas redes sociais nesse final de semana, impressionante!!!
Corri para o instagram (@luchosilveira78) e para o twitter (luchosilveira) com a intenção de responder, pelo menos um pouco, os ávidos torcedores colorados em busca de uma resposta que ainda não surgiu de forma definitiva: afinal, quem seria o novo técnico do Internacional???
Na impossibilidade de responder tal questionamento, optei por fazer aquilo que costumeiramente faço com a galera que buscar alguma info comigo.
Aqui vou trazer um rápido perfil de trabalho, um pequeno panorama daquilo que pude acompanhar dos trabalhos de Chacho Coudet, Ariel Holan e Jorge Almirón, três nomes que surgiram como possíveis comandantes do colorado.
Começo por Chacho Coudet, que apareceu para o cenário dos treinadores (Chacho foi o único dos 3 que brilhou como jogador) em 2016 no time do seu coração, o Rosario Central.
No comando dos Canallas, Coudet armou um timaço que só não chegou à conquista da América naquele ano porque enfrentou um poderoso adversário dentro e fora de campo, o Atlético Nacional da Colômbia.
Prejudicado pela arbitragem, o Central tinha nomes como Pinola, Donatti, Cervi, Lo Celso, Marco Ruben, Montoya, entre outros… Jogavam por música à época.
Cabia ao comandante dar uma cara competitiva a esse time e ele deu!!! Ali já víamos algumas ideias que seguem sendo marcas de Coudet: marcação alta (apelidei de “tática do estrangulamento”), MUITA intensidade, jogadas ensaiadas na bola parada e a mescla de jovens da base com jogadores mais cascudos.
No Central em 2015/15 tudo ia bem até a perda de Copa Argentina para o Boca em uma decisão polêmica. Depois desses dois momentos e de uma debandada de praticamente todos os seus principais jogadores, Coudet também foi embora.
A rápida passagem pelo Xolos Tijuana do México não funcionou. O comandante argentino chegou a levar para lá alguns dos seus jogadores de confiança nos tempos de Central (outra característica dele: gosta de levar jogadores “seus” para onde vai), cito: Donatti e Musto, mas mesmo assim e embalado pelos resultados negativos a permanência do argentino por lá não durou mais que 15 jogos.
Contratado pelo Racing, Coudet chegou para reerguer o time que recentemente tinha sido campeão pelas mãos de Diego Cocca, que não conseguia repetir o seu sucesso logo em seguida (isso historicamente) ficando um intervalo sempre muito grande entre uma conquista e outra.
O Racing, campeão da Superliga passada, era muito parecido ao Rosario Central. Tinha Lisandro López (Marco Ruben), Cvitanich (Larrondo), Domínguez (Musto), Díaz (J.L Fernández), Zaracho (Lo Celso) e Donatti como um dos seus de sempre.
Chacho mudava de patamar e à frente do Racing Club sagrava-se como campeão pela primeira vez na casamata.
Explosivo desde os tempos de jogador, Coudet é amigo de longa data do capitão colorado (foram companheiros de River e seleção) e nessa Superliga viveu momentos de instabilidade no começo da competição.
Uma sequência de vitórias já recoloca o atual campeão na briga mais uma vez e o atual sétimo lugar da Superliga está mais vivo do que nunca.
Por fim e sobre Inter, os colegas argentinos com quem pude conversar não foram categóricos, mas duvidaram muito de uma eventual saída dele antes do término do compromisso verbal existente em Avellaneda.
Coudet não tem multa rescisória e “apenas” a palavra o prende na Argentina.
Amanhã falarei de Ariel Holan, aguardem!!!