Pronto para decolar… Essa é a sensação que todos têm quando se fala de Sebastián Beccacece.

Inquieto, estudioso, “Sampaolista” e, por consequência, “Bielsista”, Beccacece ainda está devendo no que diz respeito a trabalho em clubes grandes.

Fiel escudeiro de Jorge Sampaoli por muitos anos, o cabeludo deixou a posição de número 2 para assumir o protagonismo na casamata na virada de 2015 para 2016.

A primeira experiência só podia ser onde a dupla mais encantou, a Universidade de Chile.

Com Jorge Sampaoli, Becca conquistou títulos nacionais e internacionais com a LaU. Em troca desse reconhecimento, veio a oportunidade de comandar a seleção chilena.

Mais conquistas, mais moral ainda para a dupla…

Voltar para “casa” não poderia ser melhor para o jovem treinador? Opção errada! O recém promovido a treinador encontrou um clube sem a mesma condição financeira, com uma safra de jogadores que nada lembrava a turma de Marcelo Díaz, Mena, Aránguiz, Eduardo Vargas e cia…

Os resultados de campo foram ruins e logo a herança de vitórias e conquistas foi colocada em xeque.

“Saído” da LaU, Beccacece ganhou uma segunda oportunidade, mas agora em território argentino. O modesto Defensa y Justicia era a segunda parada do ainda inexperiente treinador.

Um trabalho rápido, mas que serviu de base para o que viria foi feito na primeira passagem por Varela.

Era hora de voltar a formar dupla com seu mestre Sampaoli, mas dessa vez para comandar uma das seleções mais poderosas do planeta, a seleção argentina.

Reta final de eliminatórias e um sofrimento para alcançar a vaga para o Mundial da Rússia. Com a missão cumprida, Sampaoli e Beccacece não imaginavam o horror que estava por vir…

Uma Copa do Mundo vexatória, crise interna, vestiário um caos e pela porta dos fundos os dois se foram!!!

Mais uma vez Beccacece assumia um trabalho como treinador principal e mais uma vez era em Florêncio Varela, a casa do Defensa y Justicia.

Depois de errar a mão nos trabalhos anteriores, chegava a hora de confirmar a que veio e ele confirmou.

O Defensa sob o seu comando surpreendeu a todos ao brigar até as rodadas finais com o Racing pela Surperliga Argentina.

Um time formado por jovens sem espaço em seus clubes de origem ganhou um brilho especial…

Do goleiro ao ponta esquerda todos se potencializaram jogando um futebol extremamente solidário, intenso, rápido e muito eficiente.

O vice-campeonato argentino era a deixa para voltar em alto estilo a um grande e o destino era o lado vermelho de Avellaneda.

Desde o meio do ano comandando o Independiente, Beccacece tem sofrido. Um começo ruim com a eliminação precoce na Copa Sul Americana e um início vacilante na Superliga deste ano fizeram com que o treinador balançasse.

Ninguém garante sua permanência até o final da competição nacional no ano que vem. A pausa de verão poderá ser decisiva para o futuro do clube e do jovem treinador de 38 anos.

Depois de tentar reproduzir o modelo vencedor do modesto Defensa no gigante Independiente (Como diz meu amigo Eduardo Dias, do Footure: não se transporta êxitos) o comandante Rojo vai precisar acelerar o passo, pois não é tempo para experimentar mais!

Mesmo cheio de reforços especialmente indicados por ele, o time não tem funcionado a contento. Atuações apagadas e vitórias sem brilho é o que se vê em Avellaneda.

Um vestiário em chamas já foi avistado, com crises perante ao afastamento de Nico Domingo e divergências com o polêmico Pablo Pérez já estão na conta de Beccacece.

O Futuro? Não arriscaria dizer como será…