Quimes – Topo
tube
El Enganche

Haja fôlego

8 de outubro de 2019 por

Para alguns mais puristas ou simplesmente saudosistas do futebol arte, mais técnico e “mais bem jogado”, o duelo entre Vélez e Independiente, válido pela Superliga Argentina, com certeza foi um atento ao futebol do passado, que ainda preenche a mente de muitos nos tempos atuais.

O que se viu na manhã ensolarada do José Amalfitani foi um jogo com uma entrega, uma intensidade, uma velocidade absolutamente distintas do que para alguns deveria ser jogado o futebol.

O craque Juan Román Riquelme é um dos ferrenhos defensores do futebol mais “bem jogado”, ao invés do futebol que vimos no último domingo, por exemplo. Riquelme não entende como pode ser o que se joga hoje mais atrativo do que ele jogava em um passado recente.

Imagino que Román tenha tido a mesma sensação que eu tive sentado no meu sofá. Me senti “cansado” por tanta correria!

Mas não entendam isso como uma crítica… Não me considero um saudosista e entendo que hoje o futebol mudou. Muitas vezes se corre mais do que se joga, se entrega mais, é mais forte e mais rápido mesmo, gostemos ou não.

Nesse sentido, Vélez e Independiente apresentam suas justas propostas e em cima delas tentam um lugar ao sol.

Na Argentina quem mais anda tendo sucesso é o River de Gallardo e, felizmente, esse River ainda guarda fragmentos de um futebol mais plástico, porém moderno do que o Vélez de Heinze (foto) ou o Rojo de Beccacece.

Atenção!!! Não estou negando o excelente pós-perda do Millonario, do último terço infartante de Santos Borré, do futebol ultra-moderno de Palacios.

Porém, mesmo com todos esses conceitos atuais, eu ainda prefiro o futebol de gala do Nacho Fernández, a versatilidade do Casco ou a inteligência de Lucas Pratto.

Outras ideias, outros conceitos, muito bem abotoados por Gallardo num time que tem uma mentalidade vencedora.

São estilos que não necessariamente estão separados, ao contrário! A força do Independiente, a velocidade do Vélez, podem muito bem serem combinadas com as ideias do River.

O tempo de Gallardo não é o mesmo de Heinze e Beccacece e, talvez, aí também a explicação para a volúpia vista no final de semana.

Para não dizer que não falei de flores, esse Vélez acabou de revelar ótimos nomes e que logo estarão na boca de muitos torcedores espalhados pelo mundo afora.

Almada, Nico Domínguez, Matias Vargas (já na Espanha) são alguns dos exemplos de talentos recentemente saídos das canteras do Fortín.

Não pretendo resolver nada de nada nessa questão de estilos, cada um vai curtir o que mais lhe apetece, sem problemas.

Mas me parece cada vez mais marcadas as diferenças ou, pelo menos, as tentativas de empregar um estilo que desagrada uma geração “Riquelmeana”, por exemplo.

Fique sempre atualizado!

Cadastre seu e-mail para receber notícias e atualizações sobre o mundo do futebol sul-americano!

Publicidade
Quilmes – Sidebar

Instagram

Twitter